Na guerra contra barreiras, um novo recomeço
postado em 14 de mar. de 2015, 17:15 por DESAPARECIDOS DO BRASIL [ 29 de jul. de 2015, 03:10 atualizado(s) ]
Da série: Onde Estão Nossas Mães? Veja mais…
Julho de 2012.
Ofri
3/8/2012 18:19
“Estou tão feliz e triste ao mesmo tempo, é uma responsabilidade muito grande depois de quase 27 anos, mas eu não posso esperar para ir visitá-los no Brasil. eles são o meu sangue
thank you for all your help, you girls are angels!”
Muitas situações ocorreram a partir da sua vinda ao Brasil. Barreiras com o idioma, a diferença cultural, a pobreza estrema em que viviam suas irmãs e muitos problemas pessoais que ele próprio enfrentava, tiveram que ser superados.
Ofri com as irmãs no Brasil
Aos 26 anos, Ofri, que cresceu em Israel, sonhava também conhecer sua família biológica que estava distante, do outro lado do oceano, em Navegantes, no Sul do Brasil onde ele nasceu. Ele faz parte de um grupo de milhares de jovens, adotados ainda bebês por casais estrangeiros e que desejam conhecer sua origem. Desde 2009 Desaparecidos do Brasil tem ajudado estes jovens, cujas adoções foram irregulares, a encontrar suas origens.
Ele já havia pedido ao Adv. Carlos C. Pereira, que foi quem realizou a adoção dele, se ele o ajudaria a encontrar a família, mas teve o pedido negado.
Quando encontrei a pista da sua mãe biológica, D. Marivone Sedrez, soubemos que ela já era falecida mas deixou muitos filhos. A história é envolta em dramas. Marivone teve 14 filhos, perdeu um de 3 anos, dois assassinados e outro morreu em acidente de moto. Ficou viúva, mas muito doente veio a óbito. Sua filha mais velha passou a cuidar dos irmãos e irmãs.
Ofri, segundo depoimento, foi dado ou vendido pelo próprio pai ainda bebê. Em Israel, para onde foi levado, teve uma vida de farturas, muito diferente dos seus irmãos, porém não parecia feliz.
Assim, que recebeu notícia da sua família, decidiu viajar imediatamente.
Amanda iab / Boldeke
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